O último trimestre do ano é marcado por crises
Ainda que este relatório reflita o comportamento dos domicílios latino-americanos até setembro de 2019, a importância dos acontecimentos que ocorreram em diversos mercados da região desde outubro merecem ser mencionadas, assim como uma tentativa de dimensionar seu impacto até o final do ano.
Dos 5 países em conflito, Equador, Peru e Colômbia se normalizaram no primeiro mês e estimamos um impacto limitado no trimestre. No sentido contrário, Chile e Bolívia agora estão vivendo situações complexas e mais violentas. No caso do Chile, nas 4 primeiras semanas desde o início dos conflitos, o gasto despencou 20% e se concentrou em categorias de primeira necessidade, o que representará uma retração de 1 ponto percentual para a região como um todo neste mês.
Fonte: Crescimento % de Volume | FMCG | MAT Q3 2019 vs. YA | Total Latam
Neste contexto, não podemos deixar de mencionar a nova desvalorização no mês de agosto e a aceleração da inflação na Argentina logo após as eleições primárias, imediatamente antes da troca de governo pacífica no dia 10 de dezembro.
Quais comportamentos são subjacentes a este ‘caos’? O e-commerce duplicou seu tamanho graças ao Brasil e ao Chile, principalmente, e Farmácias e Perfumarias se somam aos canais com ‘crescimento de 2 dígitos’, quando suas contribuições são consolidadas, em pelo menos 6 países. Na busca por oportunidades de crescimento estes 2 canais são obrigatórios na agenda.
Segmentos de nicho (como sem lactose ou sem glúten) continuam na agenda do consumidor, assim como opções que permitam ‘aumentar a saudabilidade’ da dieta familiar. É hora de se arriscar para se conectar com o humor social dos consumidores, oferecendo refúgio e segurança nas múltiplas ocasiões de consumo e uso ao longo do dia.