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Gorduras alimentares com os portugueses

27/05/2021

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Gorduras alimentares com os portugueses

Artigo original publicado na Distribuição Hoje

Na cozinha portuguesa, há muitos anos que as gorduras alimentares fazem parte do dia-a-dia da confeção de pratos. Desde os mais simples, como fazer um refogado até à pastelaria, o azeite, óleo, margarina e manteiga são ingredientes essenciais. No último ano, quase 100% da população comprou pelo menos uma vez um destes produtos, reforçando assim que na cozinha dos portugueses as gorduras alimentares não podem faltar.

Mas quais as preferidas? Há algumas mais essenciais que outras?

Por mais que se fale de uma alimentação mais equilibrada e menos rica em gorduras saturadas, os óleos, ainda hoje, desempenham o papel principal: no último ano, pelo menos 8 em cada 10 portugueses compraram para as suas casas este produto. Por outro lado, o azeite, cujos benefícios se têm evidenciado nos últimos anos, ocupa o segundo lugar no ranking das gorduras alimentares com mais compradores. Porém, nos últimos meses, encurta o seu distanciamento para manteigas (terceira categoria do ranking), outro produto cujos impactos para a saúde têm sido muito discutidos.

A verdade é que já todos vimos as nossas avós a fritar um bife em margarina ou a recusarem grelhar os rissóis no forno. No nosso país onde 58% da população tem mais de 50 anos é difícil mudar hábitos que já vêm de há muitas gerações. E é por isso que vemos que é esta geração que está mais ligada a este tipo produtos e onde há mais resistência à mudança de hábitos.

Em completa oposição, vemos as gerações mais novas, até aos 34 anos, a resistirem às gorduras alimentares. De facto, parecem procurar alternativas que lhes permitam uma alimentação mais natural/saudável. Para este target o mercado tem-se movimentado no sentido de oferecer alternativas mais apelativas à base das gorduras naturais, como o óleo de coco ou a combinação dos óleos de frutos secos com margarinas. No entanto, a expressão que estes produtos têm é pouco sustentável para o desenvolvimento do mercado como um todo e por isso continua a ser um desafio conquistar a compra dos mais jovens.

Sabia que… Os jovens provavelmente desconhecem para que servem as diferentes tipologias de azeite? Em média os compradores até aos 34 anos, compram apenas um tipo de azeite enquanto que os compradores de 50 anos e mais compram dois. Isto pode evidenciar que os mais velhos diferenciam e valorizam os diferentes azeites (virgem, refinado e extra virgem) consoante a sua utilização, por exemplo para o tacho e para a mesa. E o mesmo não acontece para os lares mais jovens.

Um outro fenómeno que veio alterar o paradigma do uso das gorduras é a alteração dos hábitos de consumo em consequência da pandemia. Não só os portugueses passaram a dedicar mais tempo à cozinha, como a proliferação de tendências como o “home made” ou “pãodemia” trouxerem oportunidades sem precedentes. No que diz respeito às gorduras alimentares, estas passaram a estar mais regularmente na cozinha dos portugueses, determinando o crescimento de valor na ordem dos dois dígitos.

Se é verdade que existe uma relação positiva com o passar mais tempo em casa e o FMCG, a questão que não quer calar é, e quando tudo isto passar…? Como é que vou continuar a desenvolver as minhas categorias? Podemos ir buscar a resposta ao fenómeno das marmitas, quando há uns anos atrás passamos por uma crise e onde assistimos a um crescimento grande deste fenómeno. Mesmo após a saída da troika e a retoma da economia vimos este exemplo a permanecer no dia-a-dia de muitas pessoas. Assim, é essencial que as gorduras alimentares façam hoje parte do prato dos portugueses, para que amanhã sejam parte dos seus hábitos.

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Carolina Jordão
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